quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

De Ler

Os livros sempre exerceram, sobre mim, um enorme fascínio.
Quando era miúda a minha mãe preocupava-se com as tantas horas que eu passava fechada no quarto a ler. Lembro-me que uma vez comecei a ler um livro quando me deitei e terminei-o quando o sol nasceu, foi nessa altura que adormeci.
Mais tarde a história repetiu-se com a minha filha. Um dia disse-lhe que, se ela continuasse assim, só teria as histórias dos outros para contar aos filhos e aos netos. Resultou porque ela aos poucos foi saindo e acabou por se habituar a viver.
Também a mim isso me aconteceu. Durante uns anos, aqueles da adolescência e dos namoros, se peguei nalgum livro não me recordo. Mas depressa recuperei. Não fiz ainda as contas, mas sou bem capaz de ler quatro ou cinco livros por mês.
Pode haver quem ache que não é tanto assim, afinal é só um livro por semana e uma semana tem sete dias. Mas não façam confusão, eu vivo aquilo que leio. O Fascínio por cada palavra, por cada ideia, por cada sensação transmitida, está lá, inteirinho. O mesmo de quando era miúda e me fechava no quarto.
Bebo cada palavra, devoro cada sentido. Como se cada texto encerrasse um outro mundo, uma outra vida. E como se as palavras, só por si, mo pudessem oferecer.

1 comentário:

Leididi disse...

Bolas, houve um verão que achei que ia ficar maluqinha de todo, com tanto livro que li.