sexta-feira, 20 de março de 2009

E se os castrassemos hem?

Existem animais estranhíssimos que comem ou matam as crias assim que elas nascem.
Já ouvi dizer, dos coelhos por exemplo, que isso acontece quando enlouquecem. Dos cães, a mesma coisa. Certo é que quando isso acontece na nossa casa ou no nosso quintal, o destino dos enlouquecidos fica automaticamente traçado – o coelho vai para a panela e a cadela, na melhor das hipóteses, nunca mais terá a mesma vida. Isto se não se entender que o melhor é mandar abater.

Ontem, dia do pai, o Menino Mais Triste do Mundo, sentado num degrau de uma escada, relatava com uma voz sumida, que tinha ido ter com o pai para lhe oferecer uma daquelas coisas que as crianças nas escolas costumam fazer para estes dias especiais, mas que o pai não a tinha aceite porque tinha assinado um papel a dizer que não queria ser pai dele.
Este menino tem uma irmã e estão ambos a cargo dos avós já que, ao que parece, nem pai nem mãe se interessam por eles.
- Agora tenho de ir entregar isto ao meu avô, dizia ele de olhos no chão.
Saturno devorou os filhos. Estes homens e mulheres limitam-se a mutilá-los.
Nós matamos as coelhas e, quiçá, as cadelas. Porque não arrancar uma perninha a esta gente? Porque não, deixar estes pais e estas mães fisicamente incapacitados? Não se cortam mãos, em certos lugares do globo, por muito menos que isto?

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