segunda-feira, 6 de abril de 2009

Haja quem invente

Há momentos para os quais não se encontram palavras. Ou porque não as há, ou porque o nosso conhecimento lexical deixa algo a desejar.
Seja por um ou por outro motivo, a solução, em momentos desta envergadura, é inventá-las.
Creio que foi assim que nasceu a palavra Saudade, de uma necessidade, de uns quaisquer soldados numa qualquer guerra, de transmitirem às famílias os desejos de saúde; a falta que deles sentiam; a vontade que tinham de estar por lá e não ali.
Hoje eu gostava de ser capaz de inventar uma que contivesse um coração a rebentar de amor; um ego a explodir de orgulho; um espírito a saltar de alegria; uns olhos a brilharem de ternura, porque é assim que me sinto. Porque foi tudo isto que senti hoje, ao olhar os meus dois filhos, juntos, felizes, adultos e lindos; lindos e unidos como só os irmãos sabem ser.
Gostava, mas estou tão ocupada a voar nos sentimentos que terá de ficar para outra altura. Entretanto, se alguém tiver sugestões, não hesite - sugira.

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