quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Prémio Valmor

Criado para distinguir "(...)o mais belo prédio ou casa edificada de Lisboa (...) de (...) um estilo digno de uma cidade civilizada ", foi atribuido ao edifício que serve de "carcaça" à minha Faculdade.
De início custou-me um bocado compreender o porquê mas agora está tudo explicado. Ele serve para distinguir "o mais belo" patati patatá... Pronto, assim está bem! É que belo nem sempre casa com eficiente ou adequado, o que muito bem se demonstra através do dito edifício.
Os tectos são altos para que a acústica seja a ideal de uma casa de música onde todos os sons são maravilhosa e repetidamente projectados, concorrentes dos sons das dezenas de aviões que sobrevoam, por dia, aquele espaço.
As janelas são de vidro amplo para que a luz do Sol entre e aqueça as várias salas de proporções medianas, todas expostas ao astro rei, onde nunca nunca se tem um pingo que seja de frio, e onde o ar pouco circula a não ser que se mantenha a porta aberta porque as janelas abrem pouco, para não deixar fugir o efeito de estufa.
Ele há mesmo quem acredite que o arquitecto, por qualquer motivo, ou talvez pela aproximação ao Campo Grande e ao seu Horto, julgou estar a projectar um vasto complexo de estufas onde tomates cresceriam, sem dúvida viçosos, mas onde nós, míseros seres humanos, destilamos a toda a hora.
Mas pronto, ganhou o prémio Valmor e isso é que interessa.

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