quinta-feira, 17 de junho de 2010

Da Escrita

A escrita é sempre uma forma de catarse, mas há quem escreva por excesso e há quem escreva por defeito.
Não me refiro àqueles que escrevem muito ou pouco, antes àqueles que escrevem porque não são capazes de conter o mar que lhes corre nas veias, e àqueles que escrevem na esperança de irem enchendo riachos que, ou já secaram, ou nunca o foram.

2 comentários:

Sandra disse...

O problema é que nunca sabemos onde nos encaixamos para os outros...se nos rios fartos ou nos secos...
é a subjectividade inerente...
;)

XR disse...

Encaixar? Porquê? Para quê?

Acertaste, Antígona. Não se represa a força das ondas, o fluxo imparável daquilo que se tem que escrever.
Há quem tenha riachos, há quem tenha lagos plácidos, outros terão mar revolto. Em qualquer dos casos, a sua força é inegável e dificilmente é contida.
Mesmo aqueles que criam barreiras aos seus riachos, estão no fundo a criar barragens. E um dia terão que libertar as águas antes que a barragem rebente e todas as palavras fluam desordenadamente carregadas de toda a força que lhes foi anteriormente negada.

Abreijos