segunda-feira, 11 de outubro de 2010

De um momento para o outro...

...os orçamentos das famílias baixam, as necessidades mantêm-se e, consequentemente, os problemas aumentam.
Andamos todos a tentear o possível na esperança de mantermos as mesmas soluções a preços mais baixos, sem compreendermos que, baixando os preços, baixam também as possibilidades de quem os cobra; sem nos lembrarmos que quem vende também compra e, das duas uma, ou baixamos todos as calças ou não baixa ninguém. É que não pode ser andarem uns de cu à mostra e outros de calças de veludo!
Há uns tempos dizia-se de certas pessoas que queriam galinha gorda por preço magro. Agora acho que já ninguém quer galinha gorda - o que realmente as pessoas querem é continuar a comer galinha, mas como o dinheiro que têm para a pagar vai sendo menos, ou temem que seja e poupam-se a gastá-lo..., querem a galinha mais barata. O que é legítimo dadas as circunstâncias. Mas, convenhamos que não é assim muito inteligente! É que quanto mais barata for a galinha, menos dinheiro fica para quem a vende e mais baratas ainda terão de ser as outras coisas todas. Já pensaram nisso?! Se calhar vale mais, em vez de duas galinhas comprar só uma mas comprá-la pelo preço justo. Não sei, digo eu...Outra coisa que me parece valer também a pena, só assim para ver se conseguimos não transformar isto num verdadeiro pandemónio, é fazermos tudo o que pudermos para enfrentar o terror e não desatarmos para aí, quem pode e tem evidentemente (e não são assim tão poucos), a aferrolhar como se não houvesse amanhã! É que assim, dessa maneira, não haverá mesmo! Sabem porquê? Porque o dinheiro fez-se para circular. Não circula - é o pandemónio! e - adeus Amanhã!

2 comentários:

CF disse...

Isso é tudo verdade. Pior é que a tendência quando ele encolhe, é guardá-lo o mais que se pode. Para quando encolher ainda mais, que pelo visto é o jeito da coisa...

esseantonio disse...

É mesmo muito complicado viver nas circunstâncias actuais. O que acontece, penso que à grande maioria das pessoas, é nem sequer terem o que aferrolhar. Como dizia alguém, cada vez sobram mais dias e falta mais dinheiro...