quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Da Honestidade

Diz-se que qualidades como a honestidade, por exemplo, estão a cair em desuso mas não é verdade.
Não é verdade, porque se o fosse a desonestidade não chocaria ninguém e, o facto, é que choca, mesmo muitos daqueles que, não sendo vítimas, são por elas aliciados.
Tive comigo a trabalhar uma professora muito novinha mas toda despachada, daquelas que vendem muito bem a imagem de eficiência e responsabilidade. Deu três aulas e, muito preocupada, veio ter comigo porque tinha encontrado emprego a tempo inteiro e não podia cumprir o horário estipulado. Tentei adaptar o horário da aluna ao dela e, nessa impossibilidade, despedimo-nos com um muito obrigada, alguns sorrisos e o desejo de sucesso lá, no novo emprego.
Rapidamente foi substituída e, pelas palavras da aluna, por melhor.
Soube ontem que a criatura teria contactado a moça, aliciando-a com preços mais baixos e convidando-a para a sua própria casa.
Mas, a honestidade não só existe como é motivo de orgulho para muita gente. Gente que a acarinha e alimenta e, se andou por aí nas bocas do mundo, dada como perdida, mais não foi do que um jogo sujo de quem dela não gosta e quer fazer o mundo à sua própria imagem.
Não acreditem quando lhes disserem que não está na moda. Está. Está e continuará a estar enquanto existir por cá gente que valorize a segurança que a honestidade traz às relações humanas.

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