sábado, 22 de janeiro de 2011

À laia de balanço

Madrugada adentro, em frente a fotos antigas mas não tão antigas quanto isso, passei em revista os últimos anos da minha vida convencida que mais de uma década teria sobrevoado o meu último período de estabilidade, mas não, não passou ainda a dita. Os caminhos difíceis de percorrer parecerem sempre mais longos é um facto que, curiosamente, se contrapõe àquele outro do tempo passar a correr…
Mas deixei-me ficar parada, a olhar faces expressões e lugares, sem saber bem o que procurava, provavelmente nada, provavelmente o testemunho de que o que sinto hoje é diferente daquilo que sentia então. E é. Hoje tenho consciência de que houve momentos pouco aproveitados como terei, se não tomo cuidado, consciência disso mesmo, daqui a uns anos, quando passar em revista os tempos que são estes que agora vivo.
Mas sobretudo acalmei-me. O nível de ansiedade que me tem assolado sem dó nem piedade, baixou. Confirmei que, na verdade, não me tenho saído mal. Não me tenho saído nada mal. E se vou ou não chegar a bom porto, o futuro o dirá. Por ora e para já, vou saborear este sossego que esta noitada me trouxe.

1 comentário:

CF disse...

E é tão bom esse sossego. Toma sorrisos :):)