segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Carta a S. Pedro #2 (tanto quanto me lembro...)

Querido S. Pedro,

Gostaria sinceramente que tivesses em consideração o facto de todos nós, à pala da crise e de todas as merdas que ela acarreta, andarmos instáveis; nervosos; indecisos; pouco confiantes no futuro… medrosos enfim, sem saber o que fazer; que posição tomar…neste momento estão-se-me a esgotar os adjectivos – o meu vocabulário é limitado, mas isso é uma coisa que tu já sabes porque sempre que me dirijo a ti é para dizer a mesma coisa: Tem lá atenção ao estado do tempo, se não te importas.

Desta vez, porém, aproveito para te chamar a atenção para uma realidade que talvez tenhas descurado, mais por hábito do que por despeito, estou certa disso. Toda esta argumentação vai no sentido de te fazer ver que a carga começa a ser maior do que o burro porque suportar a instabilidade atmosférica não é pêra doce se durar muito tempo, mas em conjunto com outras instabilidades como as que acabei de referir pode levar um cidadão, ou cidadã que para o caso tanto faz, à loucura.

Assim, por favor esclarece-me que tempo pensas tu fornecer durante este mês de Setembro. Podemos contar com mais uns dias de praia? Não podemos e o melhor mesmo é começar a pensar no edredão que as noites já começam a esfriar? Vai chover? Não vai chover? É para andar de alças ou é melhor começar a substituir os trapos? Enfim, preciso de respostas para estas perguntas que até podem, à primeira vista, parecer supérfluas mas não são.

Já agora aproveito para te dar a conhecer os meus desejos. Então é assim: Se fosse possível ter manhãs de Verão; tardes de Primavera e noites chuvosas, eu agradecia. Penso até que agradeceríamos praticamente todos e tu passarias a ser, não tenhas dúvida, muito mais venerado.
                                                                                              
Sempre tua,

Euzinha

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