quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Um mundo à medida de cada um

Uma das coisas mais difíceis de digerir é o facto de o mundo não ser como o idealizamos, ou achamos que deve ser. Os outros não agirem como nós achamos que devem agir; não pensarem como nós achamos que devem pensar, não serem, enfim, quem nós gostaríamos que fossem.

Nunca é. Nunca são.

Levamos anos para aceitar isso! Anos para deixar de sentir essa raiva interior, essa revolta, essa vontade maior de “endireitar” tudo e todos. Anos para deixar de gritar e blasfemar. Anos para deixarmos de nos chatear com aquilo que o mundo é, e anos para perceber que nem o mundo nem os outros seriam perfeitos se fossem como nós gostaríamos, ou melhor – achávamos que deveriam ser.

Depois disso é mais simples. E mais rápido, também. Depois disso é só aprender a gostar do mundo e dos outros tal como são. Eventualmente pode acontecer que o mundo e os outros, com o tempo, se aproximem consideravelmente das nossas expectativas.

3 comentários:

Jardineiro do Rei disse...

É verdade...
Nós criamos um modelo imaginário, se calhar virtual, um arquétipo, de tudo. Dos amigos, dos vizinhos, do conceito de justiça, do mundo, sei lá... de tudo! E andamos anos, uma vida inteira, a tentar explicar ao mundo inteiro que o nosso modelo é o perfeito. Que o mundo se transformaria num paraíso de fosse encaixilhado na nossa moldura.
E todos pensamos assim. E todos esgrimimos para impor a nossa "verdade". Às vezes até à exaustão. Bastas vezes, demasiadas vezes até à guerra total...

um abraço

CF disse...

:):) Estás tão à frente no processo de crescimento. Espero que já tenhas dado conta. Tem apenas o senão de ser difícil. Mas o que é isso para ti? Ou melhor, é muito. Mas tu chegas lá.

Alda Couto disse...

:) Obrigada Carla :) Vindo de ti é um grande elogio! Nem sei se o mereço :) Beijinhos