quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Por enquanto

A luz entra pelas frinchas das persianas; ouve-se um estore a subir e uma porta a bater; uns pés arrastam um corpo que preferia ter ficado deitado. É manhã. A casa está aquecida, por enquanto…, lá fora brilha o sol mas sente-se um frio cada vez mais pesado. Não chove. Como num filme em slow motion a vida desperta. Manoel de Oliveira perder-se-ia tempos sem fim em duas nuvens cinzentas que mancham um céu quase transparente ameaçando chuva, quando todos sabemos que isso nunca irá acontecer. Não hoje. Nem amanhã. Pelo menos é o que diz o Instituto de Meteorologia. Frio, sem chuva. Provavelmente é ano de seca e os agricultores já se queixam. Vamos lá a ver se têm alguma sorte com os subsídios ou se as consequências da ausência de chuva terão de ser as mesmas do antigamente, quando não havia dinheiros de fora…

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