quarta-feira, 25 de julho de 2012

Isto também é crescer


Sou, genuinamente, uma dessas pessoas cuja felicidade depende mais do bem-estar dos que lhe são próximos do que propriamente do seu. 

Fico feliz com a felicidade alheia. Na verdade eu poderia viver sem grandes realizações, se vivesse rodeada de gente feliz que me levasse a reboque, que me sustentasse.

Essa espécie de dependência, tão nociva como qualquer outra, tem prejudicado o meu caminho. 

Imagine-se que alguém que amo se sente infeliz com uma escolha minha, ainda que essa escolha me faça feliz a mim. Nesse caso, a dependência de que falei obriga-me a um desvio, a uma desistência, porque é mais importante para mim o sorriso de quem amo do que o meu próprio bem-estar. Porque a minha escolha passa a parecer-me descabida, quase de imediato. É que nem sequer desisto por altruísmo!, desisto porque, de repente, a escolha deixa de ser boa - como é que pode ser boa se faz infeliz quem amo?! E a felicidade de quem amo sobrepõe-se, assim, à felicidade da escolha.

Hoje, dei o primeiro passo para me libertar. Detesto dependências.

2 comentários:

Sputnick disse...

:)

Anónimo disse...

... e se não existe equilíbrio com a outra parte, nessa atitude ? Se abdicamos permanentemente sem contrapartidas? Quanto a mim, há apenas uma excepção, os filhos! A eles daremos tudo sem esperar retorno.