quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Prevariquei, confesso.

Não fiz greve. Não que não concorde com esta forma de luta mas a quem serviria uma greve minha? Quem a veria? Foi nisso que me pus a pensar antes de decidir. Afinal de contas as pessoas a quem presto serviços já me pagaram – fazer greve seria pouco leal dado que recebo antecipadamente. Por outro lado, o meu trabalho é tão solitário, tão retirado, tão no meio do quase nada que a visibilidade da minha ausência seria quase nenhuma. Apenas duas ou três famílias se iriam aperceber da minha greve, mais ninguém. Ora uma greve tem de ter visibilidade. Tem de fazer mossa. A minha insignificância não me permite fazer mossa em coisa nenhuma.

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