sábado, 29 de junho de 2013

Curiosidades

A Quinta da Fonte Santa, em Caneças, outrora pertença de um dos irmãos Quina, o Miguel, casado, à época, com uma filha dos Condes da Covilhã, continua a ser um lugar privilegiado, apesar de ter mudado de mãos pelo menos duas vezes após o 25 de Abril de 1974.
Os seus antigos proprietários davam, por lá, festas mais poulares do que deslumbrantes. Era gente dos toiros, do fado e dos cavalos e o Quina gostava de reunir tanta gente quanta por lá coubesse, para comer e beber. Foi lá que aprendi a andar a cavalo e foi lá, também, que recolhi importantes referências que têm pesado nas escolhas que tenho feito ao longo da vida.
Na sequência da Revolução dos Cravos a quinta foi ocupada e permaneceu, durante um tempo que não sei determinar, nas mãos da população da zona que dela fez escola de equitação para o povo, acabando por dar prejuízo, coisa que eu prefiro não comentar.
Mais tarde, não faço ideia de que forma, foi entregue, como pagamento de dívidas – de quem, não sei -, ao Banco de Portugal e é nesse pé que agora está – transformada numa colónia de férias para familiares e amigos de todos os que trabalham na instituição.
Ao fim de todos estes anos voltei lá e levei comigo a Puca, que desde ontem se encontra nua de cabelo, não sei se humilhada, mas estranha, sem dúvida alguma, porque eu, inexperiente nestas coisas de cabeleleireiros, a tosquiei à máquina zero.
Voltei lá dizia eu, e levei-a comigo. O bosque continua deslumbrante, a quinta com a mesma dimensão que eu conheci. Os edifícios relativos à colónia de férias são bonitos como, aliás, todas as infraestruturas construídas para esse fim. Trata-se de um espaço maravilhoso, cheio de árvores e carreiros que faz as delícias de qualquer amante da natureza e, sem dúvida nenhuma, de qualquer canídeo.
Contudo, para grande espanto meu, não é permitida a entrada a cães no recinto – atenção que não se trata de “um recinto” mas do espaço que acabei de descrever. Porquê? Não faço a mínima ideia, parece que tem qualquer coisa a ver com as doenças. Tu queres ver, pensei eu de mim para comigo, que trazem para aqui crianças com maleitas que ainda me pegam uma traquitana qualquer à cadela?

1 comentário:

Sputnick disse...

Deixa, que quando fores lá de novo, com a tua netinha, vais achar bem :)