sábado, 27 de julho de 2013

Já dizia Sartre - O Inferno são os outros

Cada vez há mais pessoas sedentas de protagonismo. Eu existo; Eu conto; Eu tenho uma palavra a dar e essa palavra é importante.
 
E pode até ser. Pode até ser. Mas só a necessidade desse reconhecimento tira-lhe a importância. Só essa incapacidade de autovalorização tira-lhe a importância. Essa exigência daquilo que é dos outros tira-lhe essa importância.
 
Cansam-me as pessoas que directa ou indirectamente me exigem atenção e reconhecimento. Quem sou eu para importar?! Ninguém! A minha opinião não interessa nada. Só é importante para mim, para mais ninguém. Os outros terão as deles e é com elas que devem viver. Com elas e com a certeza de que cada um tem as suas e de que todas, sem excepção, devem ser respeitadas.
 
Odeio dependências. Odeio mesmo. Odeio toda a fraqueza que se esconde atrás da frustração, do exibicionismo, da presunção e do ataque. Odeio. Odeio toda a fraqueza que se esconde atrás das queixas, dos lamentos e da maledicência. Odeio. Odeio gente que não sabe crescer.
 

Pronto. Talvez odiar seja uma palavra demasiado forte. Agora, que já a escrevi tantas vezes, reconheço que sim. Sei lá eu odiar!
 

1 comentário:

CF disse...

Essas grandezas são usualmente fruto de sérias questões de desenvolvimento. Talvez por isso as consiga na maioria das vezes tolerar...