sexta-feira, 19 de julho de 2013

Crescer

é basicamente libertarmo-nos, independentizarmo-nos, autonomizarmo-nos.
 
Pelo menos para mim.
 
A maturidade passa pela transformação do eu preciso para o eu amo; do eu preciso para o eu estou porque gosto de estar, porque isso me dá prazer.
 
A libertação, o desapego de tudo aquilo que não poderemos nunca levar connosco, é fundamental para um verdadeiro crescimento e, dado que não é fácil, é raro. A maior parte de nós faz o percurso inverso – vai-se agarrando cada vez mais à terra, mesmo sabendo que está por cá provisoriamente -, e arranja como justificação para essa incapacidade de libertação, a necessidade de deixar legado, esquecendo-se que a maior parte das vezes, se não todas, os filhos desprezam o que lhes é deixado, por preferirem, tal como os seus antecessores, viver a sua própria vida e acumular as suas próprias merdas.

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