domingo, 22 de setembro de 2013

A dieta da Ágata Roquette

Chateada com o excesso de peso, dei, anteontem, início à já famosa dieta da Ágata Roquette. Preciso de perder doze quilos. Não é tão pouco quanto isso. Ela garante que no primeiro mês nos coseguimos ver livres de cinco. Se assim for, vale a pena. Até porque fome, não se passa. A Ágata tem receitas verdadeiramente capazes de satisfazer o palato mais requintado e deixar satifeito o estômago mais exigente.
 
Ando assim entretida, ou melhor, concentrada, nesta minha nova conquista – a de recuperar a forma. E, se já antes me sentia afastada destes meus desabafos, agora a coisa é bem capaz de piorar. Ou não. Nunca se sabe ou eu, pelo menos, nunca sei, nem quero saber, o que o futuro me reserva. Preocupada, preocupada, ando eu com o presente. A esse, é que eu não sei o fazer. Mas alguma coisa há-de surgir. De momento os meus esforços estão concentrados em mim, no todo de mim, porque se alguma coisa tenho aprendido com a puta da vida é que, ao contrário do que parece, é de mim que ela depende.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Facebook

Eu sei que há demasiada informação. Demasiada gente a utilizar as redes sociais para promover isto e aquilo, dizer o que pensa, desabafar, tornar público, até, o que dantes era privado.
 
Antigamente, e este antigamente vai até onde cada um quiser, as nossas preocupações ficavam-se por aquilo que nos era próximo – a nossa família, os nossos amigos, o nosso local de trabalho. Agora elas estendem-se aos confins do mundo. Agora elas são sociais, universais, demasiadas… e o espaço que dentro de nós lhes dedicamos é cada vez menor. Já não há pachorra mas, fundamentalmente, não há estrutura – afligimo-nos sabendo que pouco ou nada podemos fazer ou, pelo contrário, acreditamos que a nossa participação é importante, acreditamos que podemos fazer a diferença se nos mantivermos activos o que, muitas vezes, pode ser um factor acrescido de frustração quando verificamos que, afinal, as coisas acontecem independentemente de nós e é aí que temos vontade de regressar ao lugar que muitos não conheceram mas que persiste na nossa memória – aquele das preocupações mais nossas, mais próximas, mais leves até mas, sobretudo, centradas na fonte de onde brotam, também, as maiores alegrias.
 
Contudo, os meios-termos existem. Ainda há coisas que podemos fazer. Que, não fazendo parte do nosso círculo mais estreito, nos pertencem e podem alterar, para melhor ou para pior, o nosso pequeno mundo. Há decisões nas quais podemos ser úteis ajudando os pequenos mundos dos outros.
 
Existem ferramentas que circulam por aí e que terão o valor que terão mas que, na minha modesta opinião, valem sempre a pena utilizar se acreditarmos que aquilo que defendem é o que devem defender. Falo das petições; das páginas do Facebook; das cartas abertas.
 
Por muita vontade que as cúpulas tenham em tomar decisões independentemente de nós, uns milhares de assinaturas fazem a diferença. Podem, realmente, impedir qualquer coisa mas, quando mais não seja, deixam-nos cientes de que fizémos a nossa parte.
 
Aqui vos deixo uma que me é querida. Para ela, peço a vossa ajuda. Partilhem-na com os vossos amigos porque, para nós que por cá vivemos, já nos bastam os silos para estragar o que estava, não precisamos de contentores. O que queremos mesmo é praia e areia branca; pesca artesal e turismo - tudo o que existe por estas bandas e a que temos direito.