segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Vim aqui para falar de orgulho


Não do orgulho que é suposto ter-se quando algo em nós deveras sobressai, mas daquele orgulho teimoso, que prevalece quando tudo à sua volta grita pela razão. Que fica, quando nada mais lhe resta senão ele próprio.

Vim aqui para dizer que reconhecer o disparate que inadvertidamente nos saiu da boca para fora é sinal de inteligência e que, tentar corroborá-lo desalmadamente com outros disparates exponencialmente maiores, não é.

Mas, no caminho para cá, dei de caras com este vídeo que a minha filha postou no blogue dela e, apesar de não querer, de forma nenhuma, deixar de dizer o que aqui vim dizer, tudo em mim gritou a urgência que este pequeno vídeo encerra, nos mais pequenos como nos maiores detalhes.

O mundo ao contrário seria tão mau quanto aquilo que agora é. E a transferência de orgulhos desajustados, reveladores de fraquezas maiores e terrores do que não se conhece, seria tão estúpida quanto aquilo que agora é.

No entanto, e como acredito deveras na humanidade, creio que a dramatização de um mundo ao contrário só serve para tentar, TENTAR, abrir os olhos daqueles que continuam a acreditar que Deus não só os fez primeiro, como o que fez depois foi deles que saiu.


3 comentários:

Majo disse...

~
~ Nunca vi nada parecido, em "curtas". Obrigada pela partilha!

~ Dramatizações deste género, deveriam passar nos meios audiovisais de impacto e deveriam constituir material de apoio em estudos deste tema.
Não para fomentar a tão frenética guerra, mas, sim, para formar mentalidades portadoras do tal orgulho ancestral, completamente fora do contexto dos valores do mundo contemporâneo. ~

~ Mulheres, formai os vossos filhos! ~

~ ~ ~ Beijinhos. ~ ~ ~

Sputnick disse...

:)

João disse...

Aquele orgulho "besta" que nos faz insistir e querer ter razão quando está na cara" que a perdemos. Que obstinadamente nos faz persistir e teimar, teimar, de "cabeça quente", esse orgulho, quando caímos em nós, vai-nos fazer doer.
Há um limite até ao qual é razoável lutar para termos razão. A partir desse momento, desse limite, a saída airosa é parar. É um acto de humildade e de sensatez, não alimentar mais a defesa de algo que está perdido.

Um abraço

João